Por: Carlos Salvador
Patrimônio Cultural do Estado, o Castelo Assis Brasil pede socorro. Lideranças políticas da região ouviram o grito e tem debatido o destino da fortaleza, cujas obras ficaram finalmente prontas em 1913, em Pedras Altas.
A fortaleza sofre com a falta de manutenção e foi colocada à venda pelos familiares e atuais proprietários - herdeiros de Joaquim Francisco de Assis Brasil - diplomata e político republicano. A ideia é iniciar movimento para que o Estado adquira o imóvel
O debate chegou sexta-feira (24) a Pelotas, numa parceria da Câmara dos Vereadores e a Assembleia Legislativa (AL-RS). Além de vereadores de Pelotas e Pedras Altas, participaram o deputado estadual e ex-prefeito de Bagé, Luís Fernando Mainardi (PT) e a diretora do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), Miriam Sartori Rodrigues.
O tempo urge para recuperar o castelo. A deterioração física do imóvel tem provocado estragos em vários ambientes - como a biblioteca, depositária de um vasto e valioso acervo, e também do mobiliário original - boa parte trazido da França. Avaliado em R$ 15 milhões, o Castelo Assis Brasil encontra um outro obstáculo: o custo estimado pelos técnicos do Iphae para uma obra completa de restauro é de aproximadamente R$ 30 milhões - praticamente o dobro do que vale.
Mainardi (PT) é um entusiasta da aquisição do espaço de 1,1 mil metros pelo poder público como primeiro passo para a revitalização. Em um segundo momento seria realizada a restauração da estrutura e, posteriormente, o início dos trâmites para a criação de uma fundação específica para gerir o espaço. "Pretendemos que o Castelo seja preservado de forma que ele passe a integrar o calendário turístico e educacional da região. Não podemos deixar nossa história ao acaso", destacou Mainardi.
A audiência de sexta-feira foi a segunda das três programadas para debater o futuro do Castelo Assis Brasil. A primeira foi realizada em Porto Alegre. O próximo encontro está agendado para Bagé, com data ainda a ser definida.
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