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Hamm, o bageense que votou pelo impeachment

Hamm, o bageense que votou pelo impeachment

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Progressista defendeu que afastamento garantirá retomada de confiança no governo

Perto de completar 54 anos de vida – faz aniversário no próximo dia 25 –, o deputado federal Afonso Hamm (PP) entrou para a história local como sendo o bageense que votou a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Assim como já havia antecipado há alguns dias, o progressista, durante o rito para apreciar a continuidade ou não do processo contra a petista se manifestou em duas oportunidades no plenário da Câmara: a primeira, no sábado, para defender sua posição, e a segunda, no domingo, quando apresentou seu voto.

O resultado da votação, em Brasília, não havia encerrado até o fechamento desta edição, nem por isso a posição oficial de Hamm, que nasceu em 1962, em Hulha Negra – então território pertencente a Bagé – deixou de ter representatividade para a Rainha da Fronteira. Em meio a toda a agitação que permeou a capital federal no final de semana, quando todo o país acompanhava, atento, o desenrolar de um dos casos mais turbulentos da atualidade, um bageense integrou a votação que entrará para os anais da nação brasileira.

Ainda na tarde de sábado, quando estava aberto o período para que cada um dos parlamentares se manifestasse da tribuna da Câmara, em uma sessão que começou na sexta-feira e durou quase 35 horas, Hamm subiu à tribuna do plenário e se pronunciou por exatos quatro minutos. Argumentou, de início, que "estamos vivendo um momento histórico, mas um momento triste. Um momento em que as pessoas, as famílias, estão absolutamente preocupadas (...) aquele que é trabalhador, preocupado se vai ter oportunidade ao trabalho, ao emprego; quem é empreendedor, se a sua atividade vai ter capacidade competitiva”, argumento ou, inicialmente, para justificar sua posição".

Lembrou, na sequência, do motivo que originou o processo. “O que está a ser debatido é exatamente a questão da legitimidade do impeachment, o impedimento da presidente Dilma, e a questão das pedaladas fiscais. Aliás, o Relator da Comissão Especial já apresentou o relatório, que foi votado por maioria de 38 votos, reconhecendo que os créditos especiais feitos através de decreto presidencial não passaram por este Congresso; que os financiamentos na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil e no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social também não tiveram essa autorização. Então, é esta a constatação: há crime de responsabilidade. Existe a lei, e se ela vale para os prefeitos e para os governadores, há de valer para a presidência da República”, explicou.

Após, disse o bageense, tal ação da presidente causou o atual cenário do país. “Está faltando recursos para as pessoas, a capacidade do trabalhador, que sai hoje do seu emprego não tem renda, não tem capacidade de compra. E hoje estamos tendo, inclusive, uma inflação muito grande, que corrói a todos, inclusive aquele do Bolsa Família, o dinheiro não compra mais, porque o poder de compra está reduzido. Estamos vivendo um caos”, avaliou. E, por fim, o progressista mobilizou os demais colegas de parlamento a acompanhar o voto em favor do impedimento. “Precisamos fazer a virada, precisamos fazer a mudança. A mudança desse estado de situação, onde todos estão absolutamente preocupados. Não há garantia, não há confiança no governo, do ponto de vista administrativo, econômico e também político. Por isso, meu voto é pelo sim, sim pelo impeachment.

Defendendo o povo gaúcho, do meu Estado. Defendendo o povo brasileiro, propondo a mudança, mas para gerar a esperança”, concluiu. Hora da verdade Já no domingo, em uma sessão tensa e que durou bem mais que o previsto – a votação estava programada para começar às 16h –, Hamm apresentou seu voto derradeiro quando o relógio passava das 17h45min. Hamm estava agendado para ser o nono parlamentar, dentre todos os 513 que tinham direito, a se manifestar.

Porém, foi o décimo. Isso porque o deputado Washington Reis (PMDB/RJ) foi colocado em primeiro da fila, em virtude de uma excepcionalidade médica. E tudo foi muito rápido. Em ligeiros, mas marcantes, 10 segundos aos quais teve à disposição foi o mais direto possível: “Em nome do povo gaúcho, do meu Estado, em nome do povo brasileiro, para votarmos em favor da mudança, em favor da esperança, sim ao impeachment”, sentenciou.

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