É degradante a forma como o
Estado lida com as instituições públicas de ensino básico. Crianças e
adolescentes à mercê da mediocridade e do esquecimento, uma covardia por parte
daqueles que nos governam. Crianças e adolescentes sem o mínimo para uma
formação competitiva. Estudantes sem o menor interesse, pois, esses já percebem
o quanto esse modelo de escola é arcaico e incapaz de definir suas futuras
posições sociais.
A educação no Brasil foi implantada e pensada sob o olhar do arcabouço teórico do liberalismo industrial, mercantil e econômico. Esta perspectiva liberal e tecnicista de escola sempre teve como ponto de partida a reprodução dos valores burgueses, que conflitam com os pressupostos que, em meu entender, deveriam fundamentar a escola. A escola deve obedecer à orientação ontológica, além de ter seus pressupostos fundados na qualidade de vida material dos seres humanos, acesso a todos os bens necessários produzidos pela humanidade, obedecendo a uma formação na qual as razões da existência da instituição seja o próprio ser humano.
A escola, na atualidade, fora algumas poucas exceções no que se refere aos espaços físicos, são as mesmas de 40, 50 anos atrás, quando atendia a uma parcela da população que não chega a um terço do total de pessoas que hoje as frequentam. Quais as consequências do modelo atual de educação para as gerações futuras? Não se pode afirmar com certeza, mas deixará marcas indeléveis na personalidade de grande parte daqueles que passaram por esse modelo de escola.
Crianças, jovens adolescentes e pessoas maduras que se servem da escola pública são avaliadas como despreparadas. A questão é, deveriam ser preparadas para quê? Se falarmos da preparação para a promoção social, não será esse modelo que aí está que levará as classes menos favorecidas à autonomia intelectual.
(*) Historiador
http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/jsc/capa,5,0,0,0,Capa.h tml
Fonte: Jornal de Santa Catarina (SC) - Alessandro Almeida*
A educação no Brasil foi implantada e pensada sob o olhar do arcabouço teórico do liberalismo industrial, mercantil e econômico. Esta perspectiva liberal e tecnicista de escola sempre teve como ponto de partida a reprodução dos valores burgueses, que conflitam com os pressupostos que, em meu entender, deveriam fundamentar a escola. A escola deve obedecer à orientação ontológica, além de ter seus pressupostos fundados na qualidade de vida material dos seres humanos, acesso a todos os bens necessários produzidos pela humanidade, obedecendo a uma formação na qual as razões da existência da instituição seja o próprio ser humano.
A escola, na atualidade, fora algumas poucas exceções no que se refere aos espaços físicos, são as mesmas de 40, 50 anos atrás, quando atendia a uma parcela da população que não chega a um terço do total de pessoas que hoje as frequentam. Quais as consequências do modelo atual de educação para as gerações futuras? Não se pode afirmar com certeza, mas deixará marcas indeléveis na personalidade de grande parte daqueles que passaram por esse modelo de escola.
Crianças, jovens adolescentes e pessoas maduras que se servem da escola pública são avaliadas como despreparadas. A questão é, deveriam ser preparadas para quê? Se falarmos da preparação para a promoção social, não será esse modelo que aí está que levará as classes menos favorecidas à autonomia intelectual.
(*) Historiador
http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/jsc/capa,5,0,0,0,Capa.h tml
Fonte: Jornal de Santa Catarina (SC) - Alessandro Almeida*
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