Na 22ª edição do Grito da Terra Brasil, organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), cerca de 3 mil agricultores de todo o Estado se reuniram, nesta terça-feira, em Porto Alegre, para reivindicar direitos para os trabalhadores do campo. Entre eles, o apoio à agricultura familiar, investimento em segurança, educação e saúde no meio rural, e a permanência do modelo atual de previdência social.
O grupo se reuniu no Centro Administrativo, onde houve um princípio de tumulto quando a entrada do prédio foi fechada. Depois, foi promovido um ato no Ministério da Agricultura, quando alguns integrantes ocuparam parte do prédio e penduraram bandeiras nas janelas. O lema do Grito da Terra deste ano é "Para nossa permanência no meio rural: terra, saúde, educação e previdência social".
A reunião com o governador José Ivo Sartori, prevista para a tarde, foi antecipada para o final da manhã. Representantes dos agricultores se reuniram no Piratini com Sartori, os secretários da Saúde, João Gabbardo dos Reis,da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, e do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, e ouviram respostas para as cerca de 30 reivindicações da categoria, que haviam sido entregues pela Fetag no dia 19 de maio.
O governador se disse aberto ao diálogo e disse que as questões "serão atendidas na medida da disponibilidade dos recursos. Não podemos prometer e não cumprir".
Segundo o deputado estadual Elton Weber (PSB), entre as principais garantias conquistadas na reunião foram a continuação de programas de incentivos à agricultura familiar e o adiamento da cobrança da nota fiscal eletrônica, além da discussão da isenção do sistema para pequenos produtores.
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