Um estudo realizado pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e divulgado na quinta-feira aponta que cerca terço dos prefeitos do Rio Grande do Sul desistiu de tentar a reeleição em 2016.
Conforme a entidade, um questionário enviado aos atuais gestores obteve 247 respostas. Desse total, 152 prefeitos estão aptos a buscar um segundo mandato. No entanto, 51 (33,5%) decidiram não participar do pleito em outubro deste ano. “Destacam-se entre as justificativas apresentadas o desencanto com a política e a crise financeira”, frisou nota da Famurs.
A pesquisa aponta que existem ao menos 24 municípios em que prefeito e vice optaram por não entrar na disputa eleitoral. “Ver prefeitos se afastarem da gestão pública é algo que nos preocupa. O fenômeno, no entanto, é compreensível. A falta de recursos dificulta a administração dos municípios. Da mesma forma, o descrédito da atividade política faz com que muitos gestores avaliem se vale a pena seguir na luta”, argumentou o vice-presidente da Famurs, Ederildo Paparico Bacchi, ao comentar sobre a constatação.
Caso local
Um caso que atesta o apontamento da Famurs em nível local foi tema de reportagem da coluna ainda em 19 de agosto do ano passado. Na publicação, o prefeito de Lavras do Sul, Alfredo Borges – que está em seu primeiro mandato –, adiantou que não pretendia buscar a reeleição, ou mesmo vaga para outro cargo político.
Um dos motivos alegados por ele para justificar a decisão era não crer no sucesso de reeleições. “Penso que nenhum prefeito reeleito consegue fazer, de novo, uma boa gestão”, citou ele, na época, quando também confirmou seu desligamento do Partido Progressista (PP).
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