Operação da Polícia Civil aponta fraudes na CGTEE - PinheirOnline

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Operação da Polícia Civil aponta fraudes na CGTEE

Operação da Polícia Civil aponta fraudes na CGTEE

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A operação Antracito, desencadeada na manhã de ontem ,pela Polícia Civil, investiga possíveis fraudes e indícios de associação criminosa entre empregados públicos e grupo de empresários, que estariam se beneficiando com vendas de materiais para a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE).

Segundo o delegado responsável pela investigação, da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Joeberth Nunes, a investigação de crimes envolvendo a CGTEE e uma de suas usinas — a Termelétrica Presidente Médici (Candiota II) tem como suspeitas: a dispensa indevida de licitação ou compra direta, licitações direcionadas aos mesmos fornecedores, superfaturamento de materiais e compras feitas de empresas de fachada, que não existem. "Após uma sindicância realizada pela CGTEE, que já apontava essas irregularidades, começamos a trabalhar neste inquérito. Há cerca de 10 meses estamos investigando e apurando os fatos", declarou.

Nunes destacou que foram efetuados 20 mandados de busca e apreensão em Bagé, Candiota, Porto Alegre, Pelotas e Alvorada. "Percorremos algumas empresas prestadoras de serviços para a usina, casas de servidores públicos em Bagé e Candiota, além da própria usina", completou.

Cerca de 100 policiais do Deic, com apoio de delegados realizaram o trabalho, com apoio de integrantes da Controladoria-Geral da União (CGU).

Entre os investigados há funcionários que são ou foram dos setores de suprimento, almoxarifado e diretoria financeira. Um dos pontos que a polícia quer verificar, a partir dos documentos apreendidos, é o tipo de relação dos funcionários investigados com os fornecedores favorecidos nos negócios.

O delegado também enfatizou que não sabe o valor estimado do prejuízo. "Não temos como precisar. Após a investigação, com os documentos apreendidos, será verificado", ressaltou Nunes.
A polícia também descobriu que empresas pagas por supostamente terem fornecido mercadorias para a usina sequer existiam, ou ainda, que algumas, apesar de aparecerem em disputa como concorrentes, estavam registradas em um mesmo endereço. Foi apurado que um terço das compras realizadas por Candiota, em 2013, por dispensa de licitação, tiveram como beneficiárias sempre as mesmas oito empresas.

Quanto ao superfaturamento, está registrado em depoimentos que um fornecedor chegou a comentar que, quando o produto era para "a CGTEE", o preço subia "100%". Nas buscas autorizadas pela Justiça, os policiais procuram documentos que possam comprovar negociações supostamente escusas, como contratos, notas fiscais, agendas, recibos, processos de dispensa de licitação ou de compras diretas, comprovantes de depósitos e mídias.

CGU
Apesar de o delegado não precisar valores, o chefe da Controladoria Geral da União (CGU) no Estado, Cláudio Moacir Marques Corrêa, em entrevista ao jornal Zero Hora, relatou que, em dois anos, a auditoria da CGU apontou problemas em R$ 139 milhões gastos pela CGTEE.

Do total de valores analisados pelos auditores em contratos firmados nos exercícios de 2012 e de 2013, 67% tiveram indicação de irregularidades ou falhas. O relatório de 2014 ainda não foi concluído.
O chefe também relatou, na entrevista, que os valores apontados não implicam necessariamente em prejuízo, podendo ser falhas meramente formais. Mas também pode haver casos de ilegalidade, que dependem de apuração. “Agora será feito um pente-fino nas licitações, verificar o andamento da execução dos contratos para, então, mensurar um eventual prejuízo”, acrescentou Corrêa.

Presidente
 
O diretor-presidente da CGTEE, Sereno Chaise, informou que foi a pedido da companhia que as investigações foram realizadas. “Houve a sindicância em 2012 e pedimos à polícia e também à Controladoria que fosse verificado se haveria fraudes”, contou.

Chaise também destacou que encaminhou esse pedido por estar desconfiado do comportamento de alguns funcionários do almoxarifado. “Começamos a notar que havia dispensas de licitações, superfaturamentos de alguns materiais, então desconfiamos que houve irregularidades”, esclarece o presidente.

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