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| Foto: Cristiano Lameira / Folha do Sul |
Os prejuízos da estiagem na região da Campanha causam preocupação para a pecuária de corte e de leite. Conforme a Emater-RS/Ascar a oferta de campo nativo para o gado apresenta redução por conta da deficiência hídrica gerada pelo tempo seco. As pastagens de verão entraram em final de ciclo e não há condições de oferecer pastagens de inverno para os animais porque o plantio está atrasado por conta da falta de chuvas.
O empresário e diretor do frigorífico Producarne, Edson Endres, relata que a produção na região está afetada pela seca. Endres relata que os frigoríficos estão com dificuldade para compra de gado jovem e de qualidade por conta da estiagem. “Estamos com 60 dias sem chuvas e, se olhássemos o gado há 40 ou 45 dias, veríamos que eles estariam prontos. Porém, agora, a situação é diferente. Os animais não estão em condições, e sem acúmulo de gordura, porque apresentam uma perda de 20 a 30 quilos e esse gado que tem como alimentação o campo nativo está com essa deficiência, pois não há pastagem cultivada para eles”, declara.
Outro problema, segundo Endres, está no envio de gado jovem para ser terminado no centro do país. “Isso afeta a indústria gaúcha, que está preocupada porque faltará animal jovem para ser comercializado.
Essa situação trará problemas porque faltará matéria-prima de qualidade e isso tem reflexo no setor, porque são mais ou menos 330 frigoríficos no Estado que trabalham com aves, bovinos e suínos e eu pergunto: como é que vai ficar nossa indústria gaúcha?”, questiona o empresário.
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