Produtores familiares da Associação para o Desenvolvimento
Sustentável do Alto Camaquã (ADAC) receberam hoje (23/09), em Bagé, dois
caminhões da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do
Estado (SDR/RS). Os veículos foram repassados por meio do Programa de
Regionalização do Abastecimento, com recursos do Fundo Estadual de Apoio ao
Pequeno Empreendimento Rural (Feaper). Os caminhões, um boiadeiro e outro
frigorífico, serão utilizados pela ADAC para a logística na comercialização de
carne de cordeiro com a marca coletiva Alto Camaquã. Por meio do programa, 80%
do valor dos veículos é a fundo perdido e os produtores terão a contrapartida
de pagar os 20% restantes, com um ano de carência e prazo de cincos anos para
quitar o financiamento.
De acordo com o presidente da ADAC, Mateus Garcia, os
veículos serão extremamente úteis para a organização da produção e a comercialização
dos cordeiros. “Até agora tínhamos que pagar frete ou depender das prefeituras
para levar os animais vivos das propriedades para o frigorífico”. O caminhão
ficará baseado no município de Encruzilhada do Sul, onde funciona o frigorífico
Adiale, parceira da ADAC no abate de ovinos. Ainda de acordo com Garcia, o
caminhão frigorífico será utilizado para o transporte da carne em peças e com a
marca coletiva, dependendo ainda da reativação da sala de desossa do frigorífico.
“Dessa forma poderemos atingir outros mercados e mesmo participar de programas
como o Mesa Brasil que é coordenado pela Conab”, ressaltou o presidente de ADAC,
que reúne 21 associações de produtores de oito municípios da região.
A criação da ADAC e a comercialização de produtos com marca
coletiva Alto Camaquã é fruto de um projeto de desenvolvimento territorial conduzido
pela Embrapa Pecuária Sul. De acordo com o pesquisador Marcos Borba,
coordenador do projeto, a entrega dos caminhões é mais uma etapa de um longo
caminho iniciado há cerca de sete anos e que culminou com a organização dos
produtores. “As características naturais da região e as pessoas já estavam lá.
O que fizemos foi mostrar que a produção de cordeiros do Alto Camaquã tem diferenciais
que podem representar a agregação de valor ao produto. São animais criados a
base de pasto nativo, sem agredir o meio ambiente e respeitando a cultura e a
história desta região”, salientou Borba.
A ADAC já está comercializando cordeiros de forma coletiva e
organizada há pouco mais de um ano. Segundo Mateus Garcia, no primeiro ano
foram comercializados em torno de 1,5 mil cordeiros, número que poderia ser
maior se as condições climáticas tivessem ajudado. “Temos que melhorar a
eficiência produtiva também. Já avançamos muito na questão de manejo do campo
nativo, principalmente com o apoio da Embrapa, mas temos ainda outros gargalos”,
disse. O projeto da ADAC é comercializar também outros produtos do território
do Alto Camaquã, sempre com o objetivo de melhorar a renda e a qualidade de
vida do produtor. Nesse sentido, Garcia salientou que estão trabalhando na
organização na comercialização de lã e no mês que vem terá uma reunião com
produtores de mel para avaliar estratégias de venda com a marca do Alto
Camaquã. “Outra área que estamos trabalhando é com o desenvolvimento do turismo
rural na região, que tem enorme potencial de exploração sustentável”, finalizou
Mateus Garcia.
Jorn. Fernando Goss MTb 1065/SC
Jorn. Manuela Bergamim MTb 1951/ES
Núcleo de Comunicação Organizacional - NCO
Jorn. Manuela Bergamim MTb 1951/ES
Núcleo de Comunicação Organizacional - NCO
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todos os comentários passam por moderação e caso não enquadrem-se na política de comentários serão rejeitados.
De maneira alguma será uma forma de barrar a participação dos leitores, mas sim como ja foi dito, de manter um debate de alto nível. Caso tenha dúvida consulte a Política de comentários.
Ao escrever, pense como se o proprietário do blog. E que você pode ser responsabilizado judicialmente pelos comentários.
Mesmo assim, antes de comentar, procure analisar se o seu comentário tem realmente algo em comum com o assunto em questão.
Comentários em tom ofensivo, ou que acusem diretamente pessoas envolvidas ou não nas postagens não serão publicados.
Obrigado e não deixe de comentar.
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.