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Mural da Educação - Norte e Nordeste têm 4 anos de atraso em relação aos do Sul e Sudeste

Mural da Educação - Norte e Nordeste têm 4 anos de atraso em relação aos do Sul e Sudeste

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Alunos de Estados das Regiões Norte e Nordeste do Brasil têm quatro anos de atraso na aprendizagem em relação aos estudantes do Sul e Sudeste do País. Os dados são de um levantamento da Fundação Lemann, feito com base em microdados da Prova Brasil, e mostram o porcentual de alunos de escolas públicas que obtiveram pontuação considerada adequada no exame.
Os resultados apontam que, ao fim do ensino fundamental, no 9.º ano, os estudantes que moram em Alagoas, no Maranhão e no Amapá sabem menos português e matemática do que aqueles que estão terminando o 5.º ano na rede pública de Estados como Minas Gerais, Distrito Federal e Santa Catarina.
Em Alagoas, por exemplo, 57% dos estudantes terminam o 9.º ano do ensino fundamental sem saber o conteúdo de matemática que deveriam dominar já no fim do 5.º ano. Isso significa que mais da metade dos estudantes foi para o ensino médio sem saber, por exemplo, localizar informações em um gráfico, competência esperada para uma criança de 10 anos de idade.
No outro extremo, em Minas Gerais, 87% dos alunos do 9.º ano têm conhecimento proficiente ou avançado do conteúdo do 5.º ano. O índice chega a 85% em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Se o aprendizado dos formandos do 9.º ano já está muito aquém do que eles deveriam saber no 5.º ano, o cenário fica ainda pior se forem consideradas as competências esperadas para a etapa que estão concluindo.
Na rede municipal do Amapá, por exemplo, apenas 2,4% dos alunos vão para o ensino médio com aprendizado adequado para enfrentar a nova etapa. Porcentual parecido com o apresentado por outros Estados com desempenho ruim, como Alagoas, com 3,6% dos estudantes com aprendizado adequado para a série e Maranhão, com 3,8%.
"A não ser que considerássemos que os alunos dessas regiões podem aprender menos do que os de outras regiões – e, obviamente, eles não podem –, os números mostram que existe alguma coisa muito errada", afirmou o autor do estudo, o economista Ernesto Martins Faria, coordenador de projetos da Fundação Lemann.
E, apesar de ser consenso, a importância de aumentar os recursos financeiros destinados a educação, a questão do dinheiro investido, por si só, não explica essa disparidade nos rendimentos. "Mais do que apenas verbas e repasses, essas regiões são as que mais necessitam de um acompanhamento contínuo, de suporte e de diálogo. Mas isso de forma efetiva, não de cima para baixo", afirmou Faria.
Efeito cascata
Sem esse acompanhamento, algumas práticas fundamentais na garantia do aprendizado acabam sendo ignoradas, como é o caso da formação continuada de professores, o acompanhamento e o apoio técnico para escolas, o desenho de uma boa proposta curricular e a atenção diferenciada às escolas em situação mais vulnerável.

O resultado: enquanto 45% dos professores da Região Sudeste afirmam desenvolver com os alunos pelo menos 80% do conteúdo curricular, o porcentual é de apenas 30% no Norte e de 27% no Nordeste.
As taxas de abandono e reprovação também são mais altas nessas regiões. Duas em cada dez crianças do Norte e Nordeste do 3.º ano, com idade média de 8 anos, ou são reprovadas ou abandonam a escola. No Nordeste três de cada dez alunos são reprovados ou abandonam no 6.º ano.
"Pesquisas mostram que a reprovação, em vez de colaborar, reduz os ganhos de aprendizagem dos alunos ao longo dos anos", disse a especialista em Gestão Educacional na Fundação Itaú Social, Patrícia Mota Guedes. "Sem contar que a reprovação tem efeitos na organização da escola, já que a repetência pode levar ao aumento do número de alunos por sala e atrapalhar a gestão da aula, na medida em que docentes têm alunos com idades diferentes em uma mesma sala."
Exemplos do próprio Nordeste mostram que a criação de uma cultura de acompanhamento, que defina metas e priorize intervenções, mudam esse cenário. "O Ceará, por exemplo, se sobressai nos anos iniciais, o que pode estar relacionado aos avanços obtidos com o Programa Alfabetização na Idade Certa", afirmou Patrícia. 

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,alunos-do-norte-e-ne-tem-4-anos -de-atraso-em-relacao-aos-do-sul-e-sudeste,1021341,0.htm
Fonte: O Estado de S.Paulo - Ocimara Balmant




MAIS CEDO NA ESCOLA

A inovação educacional agora é para crianças menores. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 foi atualizada. Ela estabelece agora que pais e responsáveis matriculem as crianças na Escola a partir dos quatro anos de idade. Os governos estaduais e municipais têm até 2016 para garantir vagas para crianças nessa faixa etária. A lei implica reorganização da carga horária de 800 horas, distribuídas em 200 dias letivos. O Aluno da Pré-Escola terá atendimento de quatro horas diárias para o turno parcial e de sete horas para a jornada integral. Dessa forma, o Estado fica obrigado a garantir Educação básica e gratuita para crianças e jovens de 4 a 17 anos de idade, nas fases de Pré-Escola, Ensino fundamental e médio.
Muito positiva a nova lei e cabe ao Ministério da Educação (MEC) e às secretarias estaduais promoverem as mudanças necessárias para que seja oferecido um Ensino de qualidade para essas crianças, com Professores bem preparados para essa faixa etária e as acomodações e ambientações adaptadas para crianças pequenas. Os gestores e supervisores educacionais federais e estaduais serão agentes importantes nessas mudanças, necessárias para o sucesso da prática da nova lei. De modo geral, as crianças de classe média e alta já frequentam Pré-Escolas particulares. Essa nova lei vai democratizar ainda mais o Ensino brasileiro, beneficiando as crianças menos favorecidas. A Escola pública deverá cumprir também o seu importante papel de educar com qualidade agora os menores de 6 anos no Brasil. Por que é importante crianças a partir de 4 anos na Escola? Infelizmente, a maioria das crianças brasileiras menores de 6 anos estão desprotegidas, com pouco acesso a Creches, ficando sujeitas a cuidadores e parentes sem treinamento, tornando-se vítimas fáceis de assassinos e pedófilos cruéis. A cada oito minutos uma criança é abusada sexualmente no Brasil, e a cada 10 horas uma criança é assassinada, segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Com certeza, a implantação dessa nova lei diminuirá e muito os índices desses hediondos crimes. Há consonância dessa nova lei com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que garante proteção às nossas crianças. Outra justificativa é que nessa fase do desenvolvimento infantil, a criança já tem comportamento básico motor e cognitivo estruturado: anda, corre, diz o que deseja, dá opiniões e geralmente escolhe o que quer ou gosta. Extremamente criativa, usa muito a imaginação inventando histórias e brincadeiras.

Nessa fase criativa, é de suma importância o papel de bons e talentosos Educadores para estimular por meio de brincadeiras e práticas educativas inteligentes o potencial criativo das crianças. Proporcionar atividades lúdicas que promovam a construção das diversas áreas do conhecimento, proporcionando adequada estimulação cerebral. Com boa orientação educativa, crianças menores começarão a aprender brincadeiras em grupo, a dividir trabalhos, cooperar em atividades grupais, exercer liderança, ser subordinado desenvolvendo noções de respeito, colaboração, criação e responsabilidade, dando início à formação de pequenos cidadãos.

Essa meta do governo preenche também uma grave lacuna: pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) – 2013 constatou que o Brasil tem a menor média de anos de estudos da América do Sul – 7,2 anos apenas. Com certeza, a prática da nova lei será um grande salto de qualidade da Educação brasileira, colocando o nosso país em posição bem mais positiva no ranking mundial.

Dados da Unesco colocam o Brasil em 88º lugar no ranking mundial da Educação. A gestão ineficiente, o desprestígio do magistério e a má-formação dos Professores são alguns dos empecilhos ao salto educacional brasileiro.

É importante que os fatores acima apontados sejam otimizados para que os Ensinos fundamental, médio e superior sejam de qualidade. Somente uma competente cadeia de Ensino de qualidade da Educação brasileira em todos os níveis de Ensino nos proporcionará maior qualidade de vida, desenvolvimento tecnológico e crescimento econômico. Que os gastos públicos de modo geral sejam rigorosamente mais fiscalizados e na Educação não pode ser diferente. É extremamente importante a ação do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União na fiscalização de todos os recursos públicos, com tolerância zero para corrupção e desvio do dinheiro público.

http://www.em.com.br/
Fonte: Estado de Minas (MG)


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