O Brasil fica bem atrás de
outros emergentes como a China e de vizinhos como o Uruguai, ambos com nota
5,03, além de ficar longe de outros países lusófonos, como Portugal, Estudo da
Global English mediu a habilidade com o idioma de mais de 200 mil funcionários
de empresas nacionais e multinacionais ao redor do mundo
Os profissionais brasileiros têm um dos piores níveis de inglês do mundo,
segundo um estudo da Global English que mediu a habilidade com o idioma de mais
de 200 mil funcionários de empresas nacionais e multinacionais ao redor do
mundo que não têm o inglês como língua materna. O estudo foi divulgado nesta
terça-feira, 23/04, no jornal Valor.
Dentre os 78 países analisados pela empresa de cursos de inglês corporativo, o
Brasil ficou na 70ª posição. De 1
a 10, o país ficou com a nota 3,27, o que representa uma
leve melhora em relação ao ano passado, quando registrou 2,95. A média deixa o
Brasil entre os índices "iniciante" e "básico" - abaixo,
inclusive, da América Latina, que ficou com a média de 3,38.
com nota 5,47, e Angola, com 4,40. "Estamos muito aquém. Isso pode afetar
incrivelmente a capacidade do Brasil de continuar atraindo investimentos de
fora", diz o diretor da GlobalEnglish no Brasil, José Ricardo Noronha.
Outro problema está na capacidade de expansão de empresas brasileiras que
crescem globalmente. "A gente enxerga que a falta de inglês impacta
diretamente na produtividade e no aproveitamento dos talentos. Uma empresa que
não fala a língua mundial dos negócios tem o seu potencial muito mais
limitado", diz. O ranking é liderado pelas Filipinas, com nota 7,95. A
média mais baixa é a de Honduras, 2,92.
Em todo o mundo, apenas 7% dos profissionais apresentam fluência no idioma,
porcentagem similar à registrada no Brasil. Mesmo assim, eles sabem a
importância de apostar na língua - 91% consideram a proficiência no inglês
necessária para avançar na carreira e 94% consideram o "business
English" fundamental para conseguir uma promoção.
No Brasil, Noronha percebe mais profissionais e empresas preocupadas com a
situação, mas acha que a execução ainda é falha - os profissionais ainda são
muito reativos, esperando que a iniciativa parta da empresa, e as companhias
acabam treinando poucos talentos, por causa do alto custo. "A falta de
inglês ainda é um problema sistêmico, e precisa ser tratada de forma mais
estratégica por todos", completa.
http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.
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Fonte: Convergência Digital
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