Rei do hambúrger aposta na olivicultura de Pinheiro Machado e região - PinheirOnline

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Rei do hambúrger aposta na olivicultura de Pinheiro Machado e região

Rei do hambúrger aposta na olivicultura de Pinheiro Machado e região

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Um paulista, natural de Santos, cidade que batiza o nome de seu clube do coração, e que se diz apaixonado pelo Rio Grande do Sul, principalmente por Pinheiro Machado. Esse é Luiz Eduardo Batalha, um dos gigantes na produção de carne (é um dos maiores criadores de gado Nelore e Angus do Brasil) que, após investir tantos anos na agropecuária, observa no município da região da Metade Sul gaúcha um polo para a olivicultura.
Além da experiência bem sucedida com o turismo, Luiz Eduardo Batalha trouxe, em 2004, para o país, a rede Burger King – segunda maior rede de fast food do mundo, investindo inicialmente um montante de 20 milhões de dólares por cinco anos. Nessa empreitada, estavam ao seu lado nomes como o jornalista Galvão Bueno e o piloto de Fórmula Indy Hélio Castro Neves. Agora, com uma indústria de extração de azeite de oliva extravirgem, o proprietário da empresa paulista Chalet Agropecuária S.A. planeja ações na olivicultura, aposta que para ele já é uma realidade.
“Acho que dificilmente alguém provou um azeite dessa categoria no Brasil. Esse maquinário pode atender uma região inteira e ela produz cerca de 500 mil litros por ano. A expectativa é captar toda a produção da região”, aponta demonstrando as máquinas que foram compradas na Itália, em investimento total (integrando mudas e equipamentos de irrigação) que custou cerca de três milhões de reais.
A animação do empresário se dá pelas condições favoráveis da região para o cultivo da oliveira. Clima e solo são propícios para a cultura. Em associação com a ovinocultura, o incremento é ainda maior para a produção. “Quando o cordeiro entra no terceiro ano, ele vai pegar um azevém de 45 centímetros de altura e vai deixar aquilo absolutamente roçado, ou seja, as duas culturas podem conviver juntas e a dupla aptidão é a grande chave para os produtores”, explica.
A resistência da planta é enaltecida por Batalha. Cuidados com formigas, colocação de calcário para segurar a acidez do terreno e elevar o PH são destacados. É o manejo sem grandes dificuldades que, segundo o empresário, pode ser realizado por qualquer produtor. Segundo ele, hoje nós já estamos sabendo das variedades que aguentam mais frio.
A paixão pela oliveira começou a partir de uma experiência que o amigo Darci Miollo mostrou para ele há alguns anos. “Eu sou amigo do Miollo e ele disse que queria mostrar uma experiência com oliveiras e eu já ouvia de experiências com a planta em cidades como Encruzilhada, Cachoeira do sul, mas nunca me deu a vontade de ver. As plantas dele já tinham mais de três anos e estavam carregadas com frutos. Eu gostei da resistência dela. Eu não queria entrar na produção de vinho, mesmo com os convites do meu sócio, o Galvão Bueno. Isso porque eu sempre pensei que não seria o ideal disputar um mercado com um milhão de rótulos de vinho. Então decidi investir na produção de oliveiras”, conta.
A partir dessa decisão, o empresário buscou informações em países da Europa, EUA, Chile, Argentina e Uruguai.

Do plantio à indústria
Com o conhecimento necessário para iniciar o plantio, Batalha avançou para a indústria, ação que mostra que seu objetivo de diversificar a produção na região não era uma promessa, mas, sim, uma realidade. “Já estamos com 100 hectares plantados e vamos continuar a ampliar essa área. O Galvão Bueno vai entrar com tudo nessa cultura, com pelo menos uns 40 hectares com oliveiras, então haverá mais projetos com a planta”, declara o empresário que afirma não ter mais dúvidas da potencialidade da olivicultura como alternativa de diversificação produtiva.
“Soja dá em qualquer lugar e acaba virando uma commodity com o preço subindo. A oliveira, pelo contrário, só tem condições de produzir em apenas algumas faixas do mundo, como nos países do Mediterrâneo, no Chile, na Argentina, no Uruguai, entre outros. Nós temos que tentar aumentar o consumo da população, por isso estamos entrando em um negócio que tem um bom cenário futuro”, afirma Luiz Eduardo Batalha que questiona o porquê da demora na produção gaúcha em oliveira, já que o ingresso dela no Rio Grande do Sul está ligada aos açorianos há mais de um século. “Temos que usufruir dessa cultura que só tende a aumentar. Nós temos a facilidade e a sorte de estarmos localizados em um ponto especial para essa produção”, reitera.
Com o objetivo de levar adiante a integração com a ovinocultura, o empresário planeja a construção de um frigorífico especializado em ovinos. Para isso, irá propor e discutir com lideranças políticas do Estado. É a partir da mesma força de quem entrou na briga há quase uma década contra o império do fast food da McDonald's que, Luiz Eduardo Batalha parte para a conquista de novas frentes: a olivicultura poderá ser o seu novo reino. 

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