“Está
faltando medicamentos. O soro, a doutora suspendeu por que não tem.
Fita para HGT não tem e material de limpeza também não, sendo que as
faxineiras são maravilhosas, mas elas não podem fazer uma higiene bem
feita sem o material”. O relato de quem precisa de atendimento no local
define a situação. O acompanhante de uma paciente que preferiu não se
identificar denuncia a precariedade do hospital, chamado de Associação
de Assistência Social de Pinheiro Machado.
O
local tem cerca de 35 leitos, mas no momento está apenas com dois
pacientes internados que precisaram do atendimento com urgência. As
condições da estrutura não permitem a entrada de mais pacientes. Faltam
produtos de limpeza, higiene, medicamentos e materiais essenciais para o
cuidado de quem está internado. Segundo os funcionários do local, além
da carência de materiais a instituição está com os salários atrasados
desde dezembro de 2012. São cerca de 35 funcionários entre enfermeiros,
cozinheiros, porteiros e técnicos da área de radiologia que estão a
quase cinco meses sem receber.
A
Prefeitura de Pinheiro Machado até o momento não tem nenhuma
participação na administração do local. O secretário de Saúde do
município, Ronaldo Madruga, reconhece que a situação é grave e garante
que o Executivo vai tomar medidas para que o hospital não feche as
portas. “Equilibrar as contas do hospital, prestar um serviço de
qualidade à comunidade e colocar em dia o pagamento dos funcionários
deve levar uns 45 dias, pois é um processo que precisa de embasamento,
com fundamento legal, tendo em vista que o hospital está quase em
calamidade pública. Estamos fortemente trabalhando a gestão municipal de
Pinheiro Machado, para regularizar esta situação. A população vai ver
os resultados”, destacou Madruga.
O
presidente da Associação de Assistência Social de Pinheiro Machado,
Édison Molina, frisa que o hospital sobrevive com recursos do SUS e com a
contribuição de sócios. Mas o valor é insuficiente para manter o
funcionamento adequado. “A arrecadação mensal do hospital é de cerca de
R$ 20 mil, valor este que não cobre nem a folha de pagamento dos
funcionários que é de R$ 35 mil mensais”, comenta Molina. Segundo ele, o
salário dos funcionários está três meses atrasado. “Estamos buscando
parcelar as dividas do hospital e colocar as negativas em dia”,
garantiu.
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