Desde
a semana passada, a empresa Shopping da Carne, de Porto Alegre, está
comercializando carne de cordeiro procedente da Rede de Produtores e
Empreendedores do Alto Camaquã. A negociação para que a empresa da
capital pudesse vender a carne foi finalizada há cerca de 20 dias pela
rede formada por associações produtoras dos sete municípios, com uma
indústria e um ponto de venda especializado para processar,
industrializar e comercializar carne de cordeiro com a marca coletiva da
região.
O acordo prevê, em
ação mediada pela Embrapa Pecuária Sul, que produtores das associações
comunitárias vinculadas à rede, passem a entregar cerca de 40 cordeiros
por mês para a indústria Adiale Vitória Carnes, de Encruzilhada do Sul.
Dessa forma, o frigorífico realizará o abate desses animais criados,
exclusivamente, a pasto do campo nativo e processará a carne
repassando-a ao Shopping da Carne, estabelecimento que é especializado,
disponibilizando-o para o mercado consumidor gaúcho.
O proprietário da
empresa, Nilton Herter, confirma que foi uma negociação longa com
representantes de 16 associações dos sete municípios que fazem parte da
rede e, que a participação da empresa, junto com outras entidades
pertencentes à cadeia produtiva, é interessante como ação para a
retomada da ovinocultura como um produto de qualidade e com
características próprias da região do Alto Camaquã. “A cada mês, será
enviado ao frigorífico carne proveniente de um dos municípios
integrantes da rede. Ofereceremos uma carne com ótimo padrão de
qualidade e acreditamos que teremos sempre essa oferta para os
consumidores. Esperamos que esse mercado cresça aos poucos e que se
consolide, fomentando a cadeia da ovinocultura gaúcha dessa região,
sempre oferecendo um produto de qualidade e acessível à classe média”,
destacou o empresário que também é produtor rural nos municípios de
Pedras Altas e Lavras do Sul.
Essa ação é parte
da estratégia desenvolvida pelas associações de produtores familiares do
Alto Camaquã para comercializar seus produtos com marca coletiva do
território. Na reunião que definiu o acordo, o pesquisador da Embrapa
Pecuária Sul, Marcos Borba, destacou que a união era mais uma
demonstração do enorme potencial dos recursos sociais, humanos, naturais
e produtivos do território do Alto Camaquã.
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