Legalmente falando, a maioridade acontece aos 21 anos. Sendo assim, dois importantes municípios vizinhos completaram sua maioridade nesse final de semana. Ontem, Candiota e Hulha Negra completaram 21 anos de emancipação de Bagé.
A celebração de aniversário teve direito à festa. No sábado, em Candiota, foi na zona rural, no Assentamento 8 de agosto, com mateada, brinquedos infláveis e show com Dante Ledesma. Ontem, no Ginásio de Dario Lassance, teve Feira das Mulheres Empreendedoras, Encontro de Carros Antigos e Rebaixados e mateada, além do 2º Amálgama - Encontro de Bandas e apresentação musical com Evandro Moah.
O aniversário de Hulha Negra ficou por conta da Secretaria de Assistência Social em parceria com as secretarias de Saúde, Educação e Cultura. Ontem à tarde, a comemoração foi com mateada com a presença de diversas entidades como Serviço Social do Comércio (Sesc), Aapecan, Emater e Sine, entre outros.
O evento contou com serviços sociais de carteira de trabalho, consulta ao seguro desemprego, serviços de saúde, apresentação dos trabalhos realizados pelos alunos das escolas do município, banda gospel e apresentação de jovens talentos.
Os administradores
O prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, disse que o atual momento do município é promissor, principalmente pela política permanente do carvão mineral, que garante desenvolvimento, emprego e geração de recursos não só para a cidade, mas para toda a região. “Temos muito a comemorar neste aniversário”, festeja.
Sobre o futuro, ele diz que há inúmeros desafios pela frente. “Precisamos avançar muito em questões como infraestrutura e saúde, por exemplo. Já estive realista, hoje estou otimista. O maior presente que recebemos neste aniversário foi a confirmação do Ministério”, diz ele, referindo-se à inclusão da energia gerada pelas termoelétricas nos leilões do Ministério de Minas e Energia.
Já o prefeito de Hulha Negra, Erone Londero, diz que o momento do município é de crescimento. “Ficamos para trás em relação a outras cidades da região, mas agora queremos transformar este momento de maioridade também em um de maturidade. Pegamos um município imaturo e queremos transformá-lo”, diz, lembrando que o principal projeto do ano é relacionado à habitação, por meio do programa federal “Minha casa, minha vida”. A construção de uma creche municipal também está na lista de prioridades do ano.
Um pouco da história
-Terra do carvão-
O município de Candiota tem área geográfica de mais de 900 km2 e população de 10 mil habitantes, sendo que este número deve crescer consideravelmente nos próximos anos, em função dos empreendimentos que a cidade está recebendo.
O nome, segundo informações não oficiais, origina do século XVIII, quando foi para Argentina um grupo de gregos originários da Ilha de Cândia, também conhecida por Creta, que eram conhecidos por Candiotos. Dois desses gregos estiveram nas terras do município, e colocaram o nome do rio de Arroio Candiota e assim foi batizada a localidade. A cidade é histórica por ter sediado a Batalha do Seival e a Proclamação da República Rio-grandense.
Até 1992, Candiota pertencia ao município de Bagé. Para concretizar o processo de emancipação, que se deu no dia 24 de março de 1992, um grupo de pessoas da comunidade reuniu-se em prol da causa e realizou um plebiscito popular.
Uma das peculiaridades de Candiota é a divisão geográfica, já que os bairros não fazem fronteira, sendo isolados. Na área urbana existem as localidades da Vila Operária, São Simão, João Emílio, Seival, Dario Lassance (sede do município) e Vila Residencial, além de 36 assentamentos no interior. Candiota possui ainda cerca de 30 igrejas, cinco clubes de mães, cinco associações de moradores e um balneário (prainha).
Economicamente o município tem como base a extração de carvão e geração de energia, através das empresas CRM e CGTEE respectivamente. Entretanto, há outras potencialidades, além das carboníferas. O município que mais gera empregos na região e que é o polo de desenvolvimento da Metade Sul do Estado também está tornando-se referência vitivinícola, ao lado de investimentos na bacia leiteira e também na cerâmica.
-Antiga Rio Negro-
O município de Hulha Negra foi criado em 24 de março de1992, por meio de uma lei assinada pelo governador do Estado Alceu de Deus Collares e instalado em 1º de janeiro de1993, com a posse do prefeito, vice e vereadores. Possui população oficial de 7 351 habitantes e área de 1181,36 Km2.
No último censo a população foi estimada em seis mil habitantes, aproximadamente. A instalação do município concluiu um processo histórico pela busca da emancipação política, administrativa e financeira. Segundo informações de antigos moradores, nos anos 40 se falava em criar o município.
Mas foi somente no início dos anos 60 que a ideia tomou forma e um movimento emancipatório surgiu. Uma comissão encaminhou o processo à assembleia e, após o plebiscito, chegou-se à criação do município em 1965. O plebiscito foi anulado, consequentemente a criação do município também, após recurso impetrado pela Prefeitura de Bagé.
O carvão deu ao município o nome “Hulha” e a expressão “Negra”, por ser muito escuro. Isto é o que diz a tradição. Não se sabe quem definiu este nome para substituir Rio Negro, como era chamada a região até os anos 40.
Minuano Online
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