Jornal Tribuna do Pampa notíciou...
O plano de contenção é antigo; completou um ano em outubro, e deve render bons frutos ao prefeito Zé Antônio (PDT). O enxugamento da máquina forçou a demissão de Cargos de Confiança e uma reavaliação da política de racionalização das horas extras. O processo, iniciado em outubro do ano passado, foi executado em etapas. A intenção, de acordo com o Executivo, era buscar condições de manter os serviços básicos. " As obras, mesmo com este sistema, precisaram ser interrompidas no início deste mês. Podemos dizer que está tudo parado, com a exceção das máquinas que executam o cronograma do CIDEJA', explica Zé Antônio.
As contas, entretanto , caminham no sentido de um fechamento favorável. "Estamos ajustando tudo. Conseguimos antecipar parte do 13º salário em Julho. Ficamos com menos de 20 CCs. Hoje o município empenha cerca de 52% de sua receita com a folha. Só não tivemos um resultado ainda maior por que fizemos um grande esforço para garantir a prestação de alguns serviços', avalia.
Zé Antônio se refere a situações pontuais, que envolvem as horas-extras dos motoristas escalados para o transporte da saúde. "Não podemos interromper o tratamento dos Pinheirenses, e também não podemos deixar de cumprir com as obrigações trabalhistas", pondera.
O prefeito corre para ajustar os últimos detalhes; ele estima que hoje o município apresenta um déficit de aproximadamente R$ 400 mil, e antecipa que estuda medidas para angariar estes fundos. "Uma alternativa é a venda da folha de pagamento, que inclusive interessa a uma instituição bancária.. Estamos tratando este assunto como prioridade, para entregar ao Felipe (prefeito eleito pelo PTB) as contas pelo menos na mesma situação em que ele repassou para o Leivas", projeta.
Felipe da Feira já trabalha na transição de governo. Acompanhado do vice, Ronaldo Madruga (PP), ele se reúne diariamente com o prefeito Zé Antônio. Está, portanto, ciente da situação. 'Queremos fazer tudo com transparência", acrescenta Zé.
O prefeito explica que a ajuda da União é aguardada com ansiedade; mas ele ressalva que o município não conta com estes recursos para ajustar as finanças. 'Fiz o que pude para cortar gastos; foi um esforço necessário, e que produzirá retorno. Nossa ideia era não ficar na dependência destas verbas", explica, ao destacar que enfrentou dificuldades para promover a 25ª edição da Comparsa da Canção Nativa, realizada em janeiro deste ano.
"Fizemos um festival mais modesto, reduzindo um custo de R4 168 mil, da edição de 2011, para R$ 63 mil.Sabíamos que não poderíamos deixar de realizar o evento; então recorremos a uma retrospectiva, relembrando a história da Comparsa, e o públicou aprovou" revela.
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