Operação Guantánamo leva traficantes à prisão - PinheirOnline

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Operação Guantánamo leva traficantes à prisão

Operação Guantánamo leva traficantes à prisão

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Investigação prendeu 23 pessoas em quatro meses
 A madrugada de sábado foi de muito trabalho para a Polícia Civil e Pelotão de Operações Especiais (POE). Em uma ação conjunto, eles cumpriram 40 mandados de busca e apreensão em Bagé. Nas batidas, oito suspeitos foram presos em flagrante: Alex Sandro Dorneles Martins, 19 anos; Leandro Pereira Porto, 22 anos; Tiago Carvalho Carvalho, 22 anos; Dinoeber Alves Soares, 46 anos; Elieth Scholant Dias, 28 anos; Rodrigo Portella Fernandes, 36 anos; Nelci Augusta de Oliveira Barbosa, 43 anos; Alexandre Sandes Fernandez, 27 anos. Eles estavam em diversos pontos da cidade, como Cohab, avenida General Osório, bairro São Judas, avenida Presidente Vargas.
O esquema do tráfico de drogas foi mapeado pela Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), com apoio dos setores de inteligência da Brigada Militar e da Susepe, em uma investigação que durou quatro meses. Conforme o delegado Cristiano Ritta foi constatado que 17 apenados, que estão no Presídio Regional de Bagé (PRB), comandam o tráfico na região. “Eles agem em sete grupos distintos, mas não são concorrentes, pois aqui na região tem esta característica de que os traficantes não brigam, inclusive um fornece para o outro caso falte algum tipo de droga para fornecer aos seus compradores”, explica. O delegado também acrescenta que dois indiciados pela Operação Spider estão envolvidos nesta investigação.
De acordo com Ritta, 50 pessoas serão indiciadas pelo envolvimento no esquema, entre elas os 17 apenados e os 23 presos em flagrante nestes quatro meses. “Descobrimos que estas pessoas têm vínculos com traficantes de Dom Pedrito, Pinheiro Machado, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Charqueadas, Porto Alegre, Pelotas, Rio Grande, inclusive com presidiários destas cidades”, revelou Ritta.
No período da investigação foram apreendidos cerca de 20 quilos de drogas. A maior quantidade foi de maconha, a qual, em um único dia, foram 15 quilos apreendidos pela polícia. Segundo dados da Defrec, essa quantia de entorpecentes renderia cerca de R$ 350 mil em lucro para os acusados.
Dos oito suspeitos presos neste sábado, somente um afirmou à polícia que iria vender a droga. Os outros contaram que eram usuários e por isso estavam com os entorpecentes.

A ação policial
O nome Operação Guantánamo foi dado, em função do famoso presídio estadunidense, localizado em Cuba. Isso porque o esquema investigado pela Polícia Civil bajeense concluiu que o tráfico é comandado por presidiários. Para o cumprimento dos 40 mandados de prisão, na madrugada de sábado, participaram 120 policiais civis e militares de Bagé, Aceguá, Candiota, Pinheiro Machado, Santana do Livramento, Uruguaiana, São Borja, Rio Grande, Dom Pedrito, Pelotas, São Gabriel e Rio Grande.
Conforme informações da Polícia, durante o período da investigação monitorou o uso de telefones celulares dentro do PRB. Nesse período os agentes prisionais fizeram ações incisivas para apreender alguns aparelhos celulares que estavam sendo utilizados pelos detentos e comprovar a materialidade dos crimes por eles praticados. O caminho da droga foi mapeado desde a sua saída no Vale dos Sinos e na cidade de Pelotas, até a chegada para abastecer diversos pontos de tráfico em Bagé, Pinheiro Machado e Dom Pedrito.

Outras prisões
Os primeiros flagrantes da Operação Guantánamo aconteceram em Pinheiro Machado. Maria Judite Silva teria ido a Pelotas buscar crack, a qual seria entregue a Rosamar Santos. Na casa de Rosamar foi encontrado maconha. As duas foram encaminhadas para o PRB. Alguns dias depois, Juliano dos Santos Rosa foi preso em flagrante, quando transportava crack no ônibus que faz a linha Bagé /Pelotas. Ele estaria indo para Pinheiro Machado com a droga. Mais duas pessoas que pertenciam ao mesmo grupo também foram presas. De acordo com informações da Defrec, este grupo era comandado de dentro do Presídio de Bagé e tinha como fornecedor um detento de Pelotas.
Posteriormente, César Araújo da Silveira foi preso no bairro Prado Velho. Ele tinha maconha escondida no forro do sofá, pronta para venda. Um apartamento no Residencial Guarany foi apontado como ponto de venda de drogas. Honir Trojahn Pfeifer teria saído da casa de Anelice Ximendes Irala com crack e maconha.
A maior apreensão de drogas dos últimos anos em Bagé também foi feita durante a Operação Guantánamo. Em um flagrante foram pegos 15 quilos de maconha que chegaram de Porto Alegre, trazidos por Maicon Jonatan Lemos Soares, que foi encaminhado ao PRB.
Em 3 de novembro, Saionara Oliveira e Alex Sandro Machado, foram flagrados enquanto ela entregava crack a ele em uma parada de ônibus. No final de novembro, Cleiton Juliano Garcia Garcia foi flagrado comprando crack e maconha no Prado Velho. Ainda teve a prisão de Pâmela Wentz, grávida de quatro meses, que veio de Porto Alegre com maconha, crack e cocaína, para entregar a Maicon Pinto Ferreira. Ambos, segundo a polícia, pertenciam a um esquema entre um apenado do PRB e outro de Novo Hamburgo.

Além do tráfico
Segundo o delegado, nem só de tráfico vivem os detentos. “Outros crimes conexos também foram flagrados. Em um deles um preso se passa por policial militar e pede às vítimas que façam recargas de celular porque ele estaria com uma viatura estragada na entrada da cidade. As vítimas auxiliavam o preso e faziam diversas recargas em seu telefone. Assim, ele reabastecia seu aparelho para continuar comandando o tráfico”, exemplifica.
Ritta também aponta que foram descobertos crimes mais graves sendo arquitetados, como negociações de veículos roubados, programações de assaltos e ataques a bancos.

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