Região de Bagé encerra atividades do Programa Territórios da Cidadania - PinheirOnline

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Região de Bagé encerra atividades do Programa Territórios da Cidadania

Região de Bagé encerra atividades do Programa Territórios da Cidadania

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Aconteceu nesta quarta-feira (27/06), na sede da Fepagro, em Hulha Negra, o Encontro de Avaliação Final do Programa Territórios da Cidadania na região de Bagé, que abrangeu os municípios de Aceguá, Candiota e Hulha Negra. O evento, que teve a participação de cerca de 50 pessoas, entre técnicos, produtores rurais e autoridades, contou com duas palestras: a primeira, sobre gerenciamento da propriedade leiteira, ministrada pelo médico veterinário da Emater/RS-Ascar, Luis Carlos Amaral, e a segunda, sobre qualidade do leite, ministrada pelo técnico agrícola da Emater/RS-Ascar, Jonas Soares.

O Território da Cidadania, programa federal cujas ações de assistência técnica e extensão rural foram executadas pela Emater/RS-Ascar, teve como foco na região de Bagé a cadeia produtiva do leite, a segurança alimentar e nutricional, e a organização econômica da produção familiar. O programa contou com diversas etapas. Inicialmente foi realizado um diagnóstico, que visou à compreensão da realidade dos produtores. Depois, aconteceram seminários regional e municipais, novas visitas e o planejamento com as estratégias de ação, além de dias de campo abordando a cadeia produtiva do leite.

Durante o último ato, realizado nesta quarta-feira (27/06), os produtores tiveram espaço para avaliar o desenvolvimento do projeto ao longo do ano.


Palestra sobre Gerenciamento
O médico veterinário Luis Carlos Amaral iniciou a palestra contextualizando a situação do leite no mundo e apresentou dados de consumo e produção, os maiores produtores em nível global e o panorama no Brasil e Rio Grande do Sul. “O consumo aumenta mais do que está se produzindo. Temos um momento em que a produção de leite gerenciada e administrada tem a tendência de mercado”, disse.

Depois, Amaral fez uma comparação entre propriedades produtoras de leite. Segundo ele, diversos fatores, como pastagens, alimentação, recria, porcentagem de vacas em lactação, entre outros, influenciam diretamente na lucratividade do produtor. “Por isso é importante que ele gerencie bem estas questões”, disse.

Finalizando a palestra, Amaral deixou algumas recomendações aos produtores, como a busca pelo aumento da produção com diminuição dos custos; melhoria da criação de novilhas e terneiras; programação da produção de alimentos para o rebanho, com prioridade para pastagens perenes e manejadas no sistema rotativo, com o uso de irrigação; utilização de touros melhoradores para sólidos totais; cautela ao realizar investimentos e a procura por investimentos rentáveis; participação em cursos profissionalizantes; e profissionalização do gerenciamento da atividade.


Palestra sobre Qualidade do Leite
O técnico agrícola Jonas Soares iniciou sua palestra defendendo a importância de produzir leite com maior qualidade, tanto pela questão de saúde pública, como pelo lado do aumento da renda do produtor, já que hoje a indústria está pagando por este fator. Além da qualidade, a quantidade dos sólidos totais também tem influenciado no aumento do pagamento ao produtor. “A indústria está começando a remunerar por sólidos. Esta é uma tendência. Se o planejamento da indústria é exportar, podem ter certeza de que o leite não vai sair daqui a granel. A exportação está alicerçada na exportação de leite em pó e subprodutos, como queijo e manteiga”, disse.

Um dos pontos mais abordados pelo técnico foi a necessidade do controle das células somáticas e a diminuição da contagem bacteriana. “É possível ganhar mais dinheiro só com higiene e com capricho. É claro que existem dificuldades, principalmente em relação às células somáticas, mas a questão bacteriana é mais fácil, pois se trata apenas de higiene”, disse.

Como dica para reduzir as bactérias, Soares utilizou o exemplo de um produtor da região, que cercou o açude antes utilizado diretamente pelos animais. “Assim, ele impediu o contato dos animais, e já reduziu a contaminação da água”, disse Soares. Como estratégia para fazer a dessedentação das vacas, o produtor passou a retirar a água do açude através de uma mangueira e, desde então, a coloca em dois cochos. O mesmo açude é utilizado para limpar o tambo. Para isso, a água é destinada até o local de ordenha das vacas através de uma bomba. Além disso, o produtor higieniza o espaço por meio de uma combinação que contém a medida de 40 ml de água sanitária para cada cinco litros de água.

O resultado apareceu: em novembro de 2011, a contagem bacteriana estava em três milhões; em fevereiro deste ano, o número baixou para 12 mil. Finalizando, o técnico falou sobre identificação e tratamento da mastite. “Problema com célula somática é sinônimo de problema de mastite”, disse, ao relembrar a importância de também reduzir este índice.


Abertura do evento
Durante a abertura do evento, o supervisor do escritório regional da Emater/RS-Ascar em Bagé, Gilmar Depont, destacou a importância de a Instituição continuar com o trabalho desenvolvido com os produtores durante o Programa. ”Com certeza estas famílias deverão continuar sendo assistidas pela Emater. Que vocês sempre possam contar com o nosso apoio, tanto nas atividades de produção como nas atividades de bem-estar social”, destacou.

O prefeito de Aceguá, Gerhard Martens, ressaltou que o município vem dando atenção especial à bacia leiteira. “O tema na região é a sustentabilidade no leite”. Já o presidente da Camal, Sieghart Ott, reforçou as potencialidades da atividade. “A produção leiteira é uma das atividades mais concretas e temos de trabalhar mais o setor”, falou.

O evento também contou com representantes da Fepagro, Urcamp, Inspetoria Veterinária de Candiota, Cosulati e Brasil Foods.

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