Em pauta, "O travesseiro do Hotel Quitandinha" - PinheirOnline

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Em pauta, "O travesseiro do Hotel Quitandinha"

Em pauta, "O travesseiro do Hotel Quitandinha"

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Em uma de minhas leituras em busca de pautas para o Blog, depare-me com esta interessante pauta relacionada à um comércio da cidade que não poderia deixar de publicar aqui. O blog chamado "Velha Guarda do Colégio Estadual de Bagé", em uma publicação de 2010, relata a história, ao ponto de vista de Luiz Carlos Vaz do famoso travesseiro do Bar Quitandinha.


Releia:


"Quando a opção pelo trem já não era mais possível, a viagem entre Bagé e Pelotas passou a ser feita exclusivamente pelos ônibus do Expresso Princesa do Sul. Não havia as beerres asfaltadas e o trajeto era todo por estradas de chão batido. Asfalto, os alunos do Estadual só conheciam o da Carreteira, em direção ao aeroporto Comandante Kraemer, que nos levava até a fronteira com o Uruguai. A viagem até Pelotas durava seis horas em média. Dependia de quantos pneus furassem durante o trajeto. Dependia dos desvios que o motorista necessitasse fazer em caso de chuvas fortes. Dependia se o parabrisa do ônibus quebrasse ou não. Dependia de muitos fatores. Por isso a parada em Pinheiro Machado, no Quitandinha, era fundamental. O pastel servido ali, parecido com um travesseiro, fornecia energia suficiente para enfrentar mais duas, três ou quatro horas de viagem. Tanto na ida como na volta. O pastel era uma pedida obrigatória. O pastel parecido com um travesseiro. O pastel do Quitandinha só podia ser saboreado por nós, em Pinheiro Machado, numa viagem entre Bagé e Pelotas. Por isso, antes de embarcar no ônibus, era preciso conferir se havia no bolso uns três ou quatro cruzeiros, separadinhos, para o pastel travesseiro. Entrar no Quitandinha e pedir um pastel e um café preto, passado no saco de pano, era se colocar às portas do paraíso. Ai não interessava mais quantos pneus furassem, quantas paradas o ônibus fizesse para apeiar ou trepar mais alguns passageiros no clássico sistema da viagem pinga-pinga... o estômago estava forrado pelo travesseiro, estava farto até a próxima refeição ou a próxima viagem. O pastel do Quitandinha deveria ser tombado pela Unesco. Não é só um pastel, é um Patrimônio da Humanidade."

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