Foi assinado, ontem, no Parque
Charrua, em Pinheiro Machado, por representantes do Incra/RS e do
Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e
Ambiental dos Municípios da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja), o convênio
cuja meta é identificar e cadastrar a situação de 520 imóveis rurais dos
municípios de Aceguá, Candiota, Herval, Hulha Negra, Pedras Altas,
Pinheiro Machado e Piratini.
A intenção é regularizar
propriedades de até quatro módulos fiscais, que não tenham documentação.
Um total de R$ 1,9 milhão será destinado para execução do convênio, com
prazo de dois anos. Estão projetadas três metas: a primeira prevê
atividades de mobilização, capacitação, cadastro e seleção dos
agricultores que serão beneficiados; a segunda contempla
geocadastramento das áreas, levantamento topográfico georreferenciado e
elaboração de peças técnicas; por fim, a terceira é voltada à
fiscalização da execução do projeto.
O Cideja, que é conduzido por
prefeitos da região, vai licitar a contratação de empresas e
profissionais para as três tarefas. A ideia é que cada beneficiário
tenha os meios necessários para proceder à regularização de seu imóvel.
O diretor de Ordenamento da
Estrutura Fundiária do Incra, Richard Torsiano, que acompanhou o ato,
ressaltou que este é o primeiro convênio com esta finalidade firmado no
Brasil, já que inclui não apenas o levantamento da situação dos imóveis,
mas também a confecção das peças técnicas necessárias para que os
processos de regularização sejam abertos. "Trata-se de uma política
extremamente importante para garantir a segurança jurídica dos
agricultores, contribuindo para o desenvolvimento econômico regional e
qualificando a governança da terra no Estado e no país", afirmou.
O superintendente regional do
Incra/RS, Roberto Ramos, lembrou que o Cideja já é parceiro em várias
ações na reforma agrária, e que agora o Instituto e o Consórcio estão
ampliando o público atendido. "Com este convênio, estamos beneficiando
outro público, os agricultores familiares com dificuldades na
dominialidade do imóvel. A regularização fundiária vai permitir que
estas famílias acessem programas federais", afirmou.
Já o vice-presidente do Cideja e
prefeito de Aceguá, Júlio Cezar Vinholes Pintos, frisou que o
procedimento vai acabar com a dificuldade de regulação dos espaço. "É um
desafio. Vamos ter processos individualizados e completos. É uma ação
de grande relevância para quem for beneficiado, que vai passar a
usufruir de uma cidadania mais ampla. Para nós, agentes públicos, é uma
ação que traz muita satisfação", avaliou.
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