Por: Luciara Schneid
luciara@diariopopular.com.br
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As obras de pavimentação da ERS-608 - ou a falta dela -, que liga os municípios de Pinheiro Machado e Pedras Altas,
são uma preocupação constante entre moradores, administração municipal
e, principalmente, entre os produtores rurais, que estão em plena
colheita e escoamento da safra de soja.
De acordo com o presidente do
Sindicato Rural de Pedras Altas, Flávio Soares, muitas vezes os
produtores precisam arcar com fretes mais caros, pois a situação
precária da via, acaba levando o transportador a cobrar valores mais
altos. “Muitos se negam a realizar o serviço, devido às más condições da
estrada”, ressalta.
Soares diz que na sexta-feira (9), mais
uma vez, as máquinas foram retiradas da pista e os trabalhos paralisados
novamente. A obra que se arrasta por vários governos, sofreu inúmeras
interrupções e foi alvo de protestos de moradores, que querem ver o
acesso ao município pronto e, com isso, possibilitar o desenvolvimento
daquela região.
A última paralisação durou seis meses e
as obras retomadas no mês de janeiro. A determinação era de que a
empresa empreiteira realizasse a pavimentação no trecho que já está com a
terraplenagem concluída. São 11 quilômetros, do Km 32, em Pedras Altas,
ao Km 21, onde fica a pedreira.
Do quilômetro 21 ao zero, que fica no
entroncamento com a BR-392, o Daer ainda estaria resolvendo pendência
com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A
autarquia deveria apresentar projeto de prospecção arqueológica para dar
continuidade à obra nesse trecho, o que estaria sendo providenciado
pela Coordenadoria Técnica de Meio Ambiente (CTMA) do Daer.
As obras pararam após notificação do
Iphan, em função de interferências com o patrimônio histórico (cercas de
pedra). A estrada está pronta em 12 quilômetros, desde a entrada da
cidade, para receber o asfalto e também já foram liberados pelo Iphan. A
rodovia é a única via de acesso e saída do município.
De acordo com a Superintendência
Regional do Daer de Bagé, as obras não foram interrompidas. Nesta etapa,
estaria ocorrendo um estudo de verificação das alterações no projeto
realizadas em virtude das notificações do Iphan e das interferências das
cercas de pedra e, por isso, o ritmo estaria um pouco mais lento. A
expectativa é de que em cerca de 30 dias o processo volte ao normal.
Em relação ao trânsito dos
caminhoneiros, segundo o Daer, muitos evitam trafegar pela rodovia
porque há uma restrição de tráfego de veículos pesados na ponte sobre o
Passo dos Pintos. A recomendação é que os caminhões façam um desvio por
uma estrada municipal, na localidade de Tuna, que leva à BR-293. A
Superintendência de Obras de Arte Especial do Daer está estudando as
soluções para essa ponte. Em relação à estrada, as condições são
consideradas regulares pelo Daer. “A rodovia é mantida pela empresa
Intel, que realiza serviços de patrolagem constantemente na mesma”,
garante.
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