Produtores rurais cobram conclusão das obras na ERS-608

A obra de pavimentação da rodovia foi iniciada em janeiro de 2010 e de lá para cá, em torno de 12 quilômetros de terraplenagem e abertura de bueiros foram executados, o que corresponde a menos de 40% do total previsto

Por: Luciara Schneid

Um problema recorrente, que preocupa e atrapalha a atividade agropecuária em Pedras Altas é a falta de pavimentação da ERS-608, trecho entre o município e Pinheiro Machado, que tem uma extensão total de 33 quilômetros. De acordo com o produtor rural e futuro presidente do Sindicato Rural de Pedras Altas, Flávio Soares, a atividade agropecuária é uma das principais atividades econômicas do município, que possui lavouras de soja e arroz e ainda, uma pecuária forte. “As péssimas condições de trafegabilidade desta rodovia, inviabilizam o escoamento da produção e causam prejuízos ao produtor e ao município”, diz.

Segundo ele, além de pelo menos 900 produtores rurais, a grande maioria pequenos e médios, o município possui três assentamentos, onde estão fixados em torno de 300 pequenos produtores, que possuem uma bacia leiteira forte, inclusive com a produção de queijo. “Quem arca com os custos não são apenas os produtores mas também a população das cidades, que acaba pagando um preço mais alto pelos alimentos”, diz.

Entenda

A obra de pavimentação da rodovia foi iniciada em janeiro de 2010 e de lá para cá, em torno de 12 quilômetros de terraplenagem e abertura de bueiros foram executados, o que corresponde a menos de 40% do total previsto. Segundo a assessoria de comunicação do Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer-RS) a obra não esteve paralisada. “Houve apenas uma diminuição do ritmo, já que aguardava-se a britagem para que obra pudesse ter continuidade”. Ainda segundo a estatal, esta britagem está sendo finalizada. O prazo de conclusão da obra não foi informado pelo Daer.

Paralisações

Em 2 de julho do ano passado, o governo do Estado, anunciava a retomada das obras, paralisadas por entraves burocráticos, tais como liberações ambientais, que precisavam ser expedidas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Em 11 de julho, no entanto, as obras continuavam paralisadas, segundo informou na época o prefeito Gabriel de Lellis Júnior (PPL). Ele explicou que ao longo da via, existem pedreiras e nelas duas vegetações, tunas, que são protegidas por lei. A falta da liberação ambiental trancou a instalação do britador junto à pedreira, para a produção da brita para a pavimentação da rodovia. A data em que a obra foi retomada também não foi informada.

Os trabalhos de pavimentação da via, que possui 33 quilômetros de extensão, iniciaram em janeiro de 2010, estão incluídos no Programa de Pavimentação de Acessos Municipais e estão sob a responsabilidade da superintendência do Daer de Bagé. Segundo informações da prefeitura, os 12 quilômetros em que a terraplenagem está concluída recebem manutenção periódica da empresa que realiza as obras. A última teria sido realizada ao longo desta semana, após as últimas chuvas.