O oficial previdenciário, Ricardo Pereira da Cunha Azevedo, 57 anos,
assumiu nesta terça- feira a coordenação do escritório regional do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (Ipergs) em Bagé. O órgão abrange Bagé, Candiota, Hulha Negra e Aceguá. São cerca de 30 mil segurados e atende, em média, 30 pessoas diariamente.
Conforme Azevedo, a informatização facilitou a vida tanto de funcionários como dos segurados. Ele conta que a agência atende com dois trabalhadores, mas admite que faltam funcionários no quadro. "Não temos um médico perito sediado aqui e temos que encaminhar os pacientes para outras cidades do Estado", diz.
O servidor ressalta que nos últimos meses alguns médicos deixaram de atender pelo convênio alegando o baixo valor da consulta.
Atualmente, o instituto paga R$ 49; porém, deste valor são feitos descontos de até 30% e com isso, foram suspensos os atendimentos. Azevedo observa que o órgão não tem ingerência sobre essa situação e os profissionais não informam a suspensão do serviço. "Sabemos dos fatos através dos segurados, mas não podemos obrigar que realizem o atendimento", esclarece.
O coordenador conta que os profissionais de saúde assinam um contrato de credenciamento e no ato do convênio recebem tabelas de exames e consultas. "Alguns usam o instituto para atrair pacientes e depois deixam de atender por julgar os valores baixos", atesta.
A indicação de Azevedo faz parte de uma política do governo Estadual que tem a intenção de valorizar o quadro pessoal de servidores. Alem de Bagé, Alegrete, Cachoeira do Sul, Camaquã, Carazinho, Caxias do Sul, Cruz Alta Gravataí, Montenegro, Osório, Pelotas, Rio Grande, Santa Cruz do Sul, São Leopoldo e Uruguaiana também tiveram mudança nos coordenadores.
Ao todo, nesses municípios são mais de 220 mil pessoas que dependem dos serviços do Ipê.
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