Informações: Jornal Minuano
Diretor Executivo da TransGas Development Systems concedeu entrevista ao MINUANO
REPRODUÇÃO/JM
Em março, foi anunciada a instalação de um novo empreendimento na região.
O grupo norte-americano TransGas Development Brazil pretende se instalar em Candiota e dar início à produção de fertilizantes a partir da gaseificação do carvão mineral. A intenção é de que até 2019, a fábrica já esteja em total operação.
O protocolo de intenção já foi assinado entre a empresa e o governo do Estado, em março, e os primeiros trâmites estão sendo encaminhados em Candiota.
O secretário de Indústria e Comércio do município, Ânderson Teixeira de Moraes, informa que a Prefeitura encaminhou projeto de lei para a Câmara de Vereadores solicitando a desapropriação de uma área para instalação da empresa. A proposta já foi votada, de forma positiva, e em breve a área, com cerca de 100 hectares, estará disponível para a empresa.
A reportagem do Jornal MINUANO conversou com Adam Victor, presidente e diretor executivo da TransGas Development Systems, com sede em Nova York. Por e-mail, ele falou sobre as expectativas da empresa e como funcionará a fábrica em Candiota.
Segundo Victor, o município ganhou preferência na escolha justamente pela abundância do carvão mineral e do incentivo do governo à instalação de mais empresas do ramo carbonífero aqui. "Escolhemos Candiota pela sua proximidade às minas de carvão a céu aberto, já licenciadas e em plena operação, e pelo conhecimento e experiência do município em projetos do setor carbonífero", define.
A unidade extrairá do carvão o syngas (gás de síntese, mistura de monóxido de carbono e hidrogênio), matéria-prima para a elaboração do fertilizante (amônia, que é convertida em ureia). A Companhia Riograndense de Mineiração (CRM) deverá fornecer 2,5 milhões de toneladas de carvão ao ano à planta industrial do grupo norte-americano.
Como é uma tecnologia nova no país, surgem dúvidas sobre a operação no Brasil.
Contudo, Victor tranquiliza ao afirmar que é uma tecnologia limpa e que não transgride nenhuma norma ambiental de operação. "Trata-se de tecnologia limpa, amplamente empregada, licenciada e em pleno funcionamento na União Europeia (França, Suécia, Alemanha, Países Baixos, Itália, Bélgica), nos Estados Unidos, no Japão e Coreia do Sul, onde também atuamos", afirma.
O período de construção da fábrica é de 32 a 39 meses e a meta é iniciar a produção gaúcha de fertilizantes nitrogenados no ano de 2019. A confirmação da data de início de construção depende da obtenção dos contratos de venda programada dos fertilizantes que serão produzidos em Candiota. "Usaremos infraestrutura existente de escoamento da produção e transporte dos nitrogenados para todo o Rio Grande do Sul e Brasil", adianta o presidente da empresa.
Com investimento superior a US$ 2,8 bilhões (valor superior a R$ 6 bilhões), conforme apresentação feita ontem, realizada pelo presidente da TransGas, serão gerados cinco mil empregos temporários nas obras.
Depois de pronta, a fábrica terá 300 postos fixos de trabalho. Fornecedores e parceiros da unidade criarão mais 300 empregos e as áreas da infraestrutura e mineração, outros 600.
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