As propriedades onde a ovinocultura é praticada e que estão localizadas acima do Balneário Carlos Carvalho, início de uma das localidades rurais do município de Piratini, vem sofrendo com o ataque de cães que vivem em busca de alimentos no aterro sanitário ou lixão como é popularmente chamado.
Segundo Luísa Cardoso de Ávila, 17 anos, esposa do criador Tainã de Matos, somente ontem, quarta-feira, 24, foram seis animais abatidos pelos cachorros nos campos da família além de outro que ficou seriamente ferido.
Conforme a jovem, os constantes prejuízos ocorrem há anos, o que já levou seu marido, assim como outros dois criadores vizinhos a reduzir o rebanho.
- No meu tio, Euclides Matos, foram oito ovelhas desta vez e na propriedade de Dedé Chebetes, também ali nos arredores, houve ataque.
Uma grande parte das ovelhas já foi vendida e há um pensamento em vender o resto porque a medicação e também a pastagem são caras e com os cachorros matando se torna impossível custear – explica Luísa.
Ela conta que eles só tiveram contato visual com dois cachorros vagando pelo campo, mesmo número encontrado ontem com o pelo e focinho com marcas de sangue, mas, que acredita num número maior devido a grande quantidade que vive no lixão.
- Eles matam por matar, pois, nem mesmo a carne comem. Calculamos que somente com o último ataque nos causaram um prejuízo de R$ 1.500,00 –
A impotência diante da situação incomoda a criadora já que não sabe a quem recorrer para cessar a mortalidade dos ovinos.
- Matar os cães você não pode. Já teve vizinho que tentou e acabou levando uma multa e, certa vez, quando nós vimos à polícia chegou devido a ter recebido uma denúncia de que ali cachorros estavam sendo mortos pelos proprietários – conclui.
Informações: Nael Rosa / Blog Eu Falei
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