Sem repasses do Estado, atendimentos via SUS vão cair após protestos - PinheirOnline

Post Top Ad

Responsive Ads Here
Sem repasses do Estado, atendimentos via SUS vão cair após protestos

Sem repasses do Estado, atendimentos via SUS vão cair após protestos

Share This




Manifestantes reunidos em frente ao Palácio Piratini, sede do governo do Estado em Porto Alegre, para protestar contra o calote do governo Sartori aos hospitais filantrópicos; falta de repasses vai diminuir atendimento pelo SUS, estima Federação das Santas Casas (Foto: Thamy Spencer/ADI) (Foto: )
Manifestantes reunidos em frente ao Palácio Piratini, sede do governo do Estado em Porto Alegre, para protestar contra o calote do governo Sartori aos hospitais filantrópicos; falta de repasses vai diminuir atendimento pelo SUS, estima Federação das Santas Casas.

O protesto de dirigentes de hospitais de diferentes cidades do interior e funcionários da saúde em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, nesta quarta-feira (13), pediu, mais uma vez, que o governo apresente uma proposta de pagamento de repasses por atendimentos pelo SUS.

Segundo a Federação das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos do RS, que representa 245 estabelecimentos no Estado, se não houver acordo essas unidades vão reduzir o volume de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em quase 9% este ano.

Será o equivalente a 4,6 milhões de procedimentos a menos, entre exames diagnósticos, principalmente, ambulatoriais e internações. “Cada hospital terá que discutir uma redução da assistência”, disse o presidente da Federação, Francisco Ferrer, informando que a crise dos hospitais vem da diferença entre o que custam os atendimentos e o que é pago pelo SUS. Ele afirmou que a situação piorou com a suspensão de repasses suplementares (o chamado cofinanciamento) pelo governo do Estado. “As santas casas querem isso? Evidente que não”, ressaltou.

Para chamar a atenção do governo, a entidade entregou nesta quarta ao secretário da Casa Civil, Márcio Biolchi, um relatório sobre a situação. O mesmo documento foi entregue ao presidente da Assembleia Legislativa, Edson Brum. Conforme a Federação, ficou acertado que a partir da próxima semana uma solução será buscada em conjunto, em reuniões a serem feitas entre secretarias (Casas Civil e Saúde), Federação, Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas e Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia. Balões “Queremos uma resposta definitiva”, mencionou Ferrer ainda durante o protesto. “O cofinanciamento existe desde 2002 e serve para despesas correntes. Está no sangue das santas casas, é para custeio”, argumentou. Ele e outros dirigentes da Federação e deputados revezaram-se em pronunciamentos no alto de caminhão de som em meio à manifestação.


O protesto desta quarta-feira reuniu centenas de pessoas. A maioria delas saiu do interior, de cidades como Ivoti, Sapiranga, Cachoeira do Sul, Bagé, Dom Pedrito, Caxias do Sul, Gravataí e Santa Maria, entre outras, vestia roupas escuras e exibia balões negros, faixas e cartazes. A próxima mobilização deverá ocorrer nacionalmente e está marcada para 4 de agosto, reunindo 1,7 mil hospitais.

Do governo federal os hospitais querem atualização da tabela paga pelo SUS. Também nesta data os estabelecimentos entregarão ao governo federal a quantidade de atendimentos que poderá não ser feita. Hospitais x GovernoNo RS os hospitais cobram do governo o pagamento de repasses atrasados desde o ano passado, de R$ 132,6 milhões. O setor quer ainda valores do cofinanciamento (são R$ 25 milhões mensais), um adicional do governo do Estado, já que os valores pagos pelo SUS não cobrem as despesas.

A Secretaria da Saúde do Estado vem reafirmando que não há previsão de pagamento dos valores atrasados de 2014, e que a situação de crise no caixa do Estado não permite mais repasses além dos já feitos mensalmente e que estes estão em dia.


Menos atendimentos





As santas casas e hospitais filantrópicos apontam que 2,79 milhões de exames e diagnósticos, do total de quase 32 milhões realizados por ano pelos hospitais no RS, poderão não ser feitos caso não haja um acordo com o governo do Estado. Seria, ainda, 1,78 milhão de outros procedimentos ambulatoriais e 46,7 mil internações.

Na última semana a Santa Casa de Misericórdia na capital, referência de atendimento, informou o começo de negociações com o gestor – neste caso a Prefeitura de Porto Alegre – para o corte de 116 leitos para o SUS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos os comentários passam por moderação e caso não enquadrem-se na política de comentários serão rejeitados.

De maneira alguma será uma forma de barrar a participação dos leitores, mas sim como ja foi dito, de manter um debate de alto nível. Caso tenha dúvida consulte a Política de comentários.

Ao escrever, pense como se o proprietário do blog. E que você pode ser responsabilizado judicialmente pelos comentários.

Mesmo assim, antes de comentar, procure analisar se o seu comentário tem realmente algo em comum com o assunto em questão.

Comentários em tom ofensivo, ou que acusem diretamente pessoas envolvidas ou não nas postagens não serão publicados.

Obrigado e não deixe de comentar.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Post Bottom Ad

Responsive Ads Here

Pages