A falta de chuvas na Região Sul do Estado vem trazendo transtornos à diversos municípios da região. Posteriormente à Canguçu, Herval, Jaguarão, Cerrito, Pedras Altas e por último Pedro Osório decretarem Situação de Emergência, foi a vez de Piratini integrar a lista de cidades atingidas pela estiagem.
O decreto 106, de 1º de abril de 2015, "declara em situação anormal caracterizada como Situação de Emergência a área rural do município de Piratini afetada pela estiagem". São mencionados os fatores que motivam o decreto, sendo a baixa precipitação pluviométrica do primeiro trimestre deste ano e a falta d'água inclusive para o consumo humano, alguns dos pontos mais relevantes do documento.
A validade do decreto é de 90 dias, podendo o mesmo ser prorrogado até completar um prazo máximo de 180 dias.
Câmara debateu decreto do Poder Executivo
Na sessão ordinária desta terça-feira (14), o assunto foi trazido à pauta através de um requerimento do vereador Marcial Guastucci (PMDB), que solicitou o decreto de Situação de Emergência por parte do Município.
Quando foi informado da existência do mesmo, ele argumentou que o Poder Legislativo deveria ter sido informado. "Fiz o requerimento pois nem a Câmara de Vereadores, nem a imprensa local foram informadas desse decreto", argumentou Macega.
Outros parlamentares piratinienses externaram suas concepções acerca do assunto. Para o pedetista Renan Cunha, "parece que a Emater é até contra o município, pois estamos a 60 dias sem água e eles seguem achando que não nos enquadramos para efetivar o decreto", ponderou, ao saber que o órgão não manifestou-se sobre o pedido.
Chefe do Escritório da Emater/RS-Ascar destaca baixo impacto de estiagem
Convocado para discorrer sobre o assunto no plenário da Casa Legislativa, o chefe do Escritório da Emater-RS/Ascar em Piratini, Hélio Arlindo Aurélio, disse que a estiagem não prejudicou de forma impactante a agropecuária local.
"A chuva em Piratini foi muito esparsa nos últimos meses. Nossa maior produção é de soja e calculamos uma perda de apenas 10%. As culturas que serão mais atingidas serão as lavouras de milho e a produção leiteira, todavia a perda é insignificante para se pedir um decreto de Situação de Emergência", avaliou Aurélio.
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