A Constituição de 1988
reconhece a Educação como direito fundamental de todos e como dever do Estado e
da família. Entretanto, existem hoje no Brasil 3,6 milhões de crianças e jovens
fora da escola, contingente equivalente ao total da população do Uruguai. Este
dado foi divulgado pelo relatório "De Olho Nas Metas 2012” , uma das muitas ações
desenvolvidas pelo movimento Todos Pela Educação, que tem como missão
contribuir para que até 2022 o Brasil possa garantir educação de qualidade para
todas as crianças e jovens.
Criado em 2005, o movimento não partidário reúne diferentes atores da sociedade
civil para produzir conhecimento e mobilizar mudanças na educação do país.
Definir claramente os objetivos desta luta foi um dos primeiros passos pensados
pela instituição, como explica a diretora executiva do movimento, Priscila
Cruz. "Nosso enunciado é muito genérico: ‘Todos pela educação‘.
Precisávamos definir o que entendemos como necessário para comemorar, em 2022,
o bicentenário da Independência do Brasil com evolução na educação. Para isso,
o movimento trouxe de partida 5 metas”, esclarece.
• Meta 1: Toda criança e jovem de 4
a 17 anos na escola;
• Meta 2: Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos;
• Meta 3: Todo aluno com o aprendizado adequado à sua série;
• Meta 4: Todo jovem com 19 anos com o Ensino Médio concluído;
• Meta 5: Investimento em educação ampliado e bem gerido;
Priscila Cruz ressalta que as metas foram pensadas em uma ordem proposital e
cumulativa. "O Ensino Médio, por exemplo, recebe o fruto da fase anterior.
Por isso, a meta 4 depende que as outras metas produzam resultado”, explica. Em
2010, o movimento definiu cinco bandeiras entendidas como ações urgentes, que
devem ser colocadas em prática para que se caminhe até a concretização das
metas.
Dentre elas está o investimento na formação e na carreira do professor,
ampliação da exposição dos alunos ao ensino, e o aperfeiçoamento da gestão e da
governança da Educação.
Para concretizar as bandeiras e atingir as metas até o bicentenário da
Independência do Brasil, a diretora executiva do movimento explica que o Todos
pela Educação atua em três áreas de forma sinérgica. Na área técnica,
desenvolvendo estudos e pesquisas; na comunicação, difundindo o conhecimento
acumulado e profetizando o que é necessário para a educação; e na articulação
política, discutindo questões de políticas públicas.
A regulamentação da Emenda Constitucional 59, que previa "Educação Básica
obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade”, é um dos exemplos reais dos
reflexos positivos das ações do movimento na educação do país. Entretanto, o
desafio de atingir as metas parece longe de ser vencido. "
O acompanhamento tem mostrado que estamos cada vez mais distante de atingir as
metas em 2022” ,
admite Priscila. Para a diretora executiva do movimento, mudanças estruturais
precisam ser feitas. "Sem uma base curricular comum no país, uma boa
formação de professores, escolas em tempo integral e bem equipadas, e sem
outras condições básicas é difícil avançar”, lamenta.
http://redeglobo.globo.com/globoeducacao/
Fonte: Globo Educação
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