A manifestação popular que pretende interromper o tráfego de veículos junto à RSC-473, que liga Bagé a Lavras do Sul, acontece neste domingo. A partir das 13h, a comunidade local e de municípios que utilizam a via, pretende chamar a atenção de autoridades pela paralisação dos trabalhos de asfaltamento que eram executados e que já superou a marca de cinco meses.
Segundo Maurício Luongo, um dos organizadores, a expectativa é de que cerca de 300 pessoas estejam presentes no manifesto. Morador de Lavras do Sul, ele diz que do município “sairão em média umas 200 pessoas”. Para isso, até mesmo um ônibus foi disponibilizado para auxiliar na locomoção.
A atividade está programada para iniciar às 13h, junto ao Centro Comunitário da Vila de São Sebastião. Contudo, segundo Luongo, o grupo inicia os preparativos no local ainda pela manhã. Assim que começar, o trânsito será interrompido com pneus e faixas. Também serão distribuídos adesivos, panfletos e materiais informativos. “O manifesto é muito pacífico. É só para mostrar que não estamos alheios à situação que o governo e construtora está impondo”, explica. Porém, detalha o organizador, “não queremos prejudicar o cidadão com a paralisação”.
Quem tiver interesse em participar apenas precisa se deslocar até a localidade de São Sebastião. “As pessoas irão com seus próprios carros. Tem muita gente que vai e que não confirmou. Aqui (em Lavras do Sul) mobilizei entidades do tipo associação dos universitários, sindicato rural, sindicato dos trabalhadores rurais e a comunidade em geral. Principalmente a comunidade mais carente, que depende dessa estrada para se deslocar até Bagé em busca de recursos como saúde, por exemplo” enaltece Luongo.
Entenda
Paralisada desde dezembro do ano passado, a obra de patrolamento, drenagem e pavimentação de 22,7 quilômetros da RSC-473 é considerada fundamental para a melhoria do fluxo de veículos entre os dois municípios, bem como para o aprimoramento logístico no transporte de safras e bens industrializados. Com mais de R$ 20 milhões destinados, o empreendimento sofre com entraves. Atualmente, dificuldades na aquisição de uma pedreira para fornecimento de material, por parte da empresa responsável, é apontada como justificativa para a interrupção dos serviços.
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